O diagrama de Hommel, mundialmente conhecido pelo código NFPA 704 — mas também conhecido como diamante do perigo ou diamante de riscoAssociação Nacional para Proteção contra Incêndios (em inglês: National Fire Protection Association), dos Estados Unidos da América. Nela, são utilizados losangos que expressam tipos de risco em graus que variam de 0 a 4, cada qual especificado por uma corriscos específicos, risco à saúde, reatividade e inflamabilidade. —, é uma simbologia empregada pela (branco, azul, amarelo e vermelho), que representam, respectivamente,
Quando utilizada na rotulagem de produtos, ela é de grande utilidade, pois permite num simples relance, que se tenha idéia sobre o risco representado pela substância ali contida.
Diferentemente das placas de identificação, o diamante de HOMMEL não informa qual é a substância química, mas indica todos os riscos envolvendo o produto químico em questão.
Os números necessários para o preenchimento do Diamante de Hommel variam de 1 a 4 conforme os riscos apresentados pela substância química perigosa, podendo também constar no diagrama os riscos específicos dessa substância:
Azul/Risco à Saúde
- 4. Exposição muito curta já pode causar a morte ou maior dano residual (exemplo: Cianeto de hidrogênio);
- 3. Exposição curta pode causar danos residuais ou temporários (exemplo: gás cloro);
- 2. Exposição intensa ou continuada, mas não crônica, pode causar incapacidade temporária ou danos residuais (exemplo: clorofórmio);
- 1. Exposição pode causar irritação com apenas danos residuais leves (exemplo: turpetina);
- 0. Não apresenta danos à saúde. Não são necessárias precauções (exemplo: lanolina).
Vermelho/Inflamabilidade
- 4. A substância será rapidamente ou completamente vaporizada nas condições normais de temperatura e pressão, ou prontamente dispersa pelo ar, queimando-se instantaneamente (exemplo: propano, com ponto de fulgor menor do que 23 °C);
- 3. Líquidos e sólidos que podem inflamar-se sobre praticamente todas as condições de temperatura ambiente (exemplo: gasolina, com ponto de fulgor abaixo de 38 °C e acima de 23 °C);
- 2. A substância precisa estar moderadamente quente ou exposto a temperatura ambiente relativamente alta para inflamar-se (exemplo: diesel, com ponto de fulgor entre 38 °C e 93 °C);
- 1. É necessário que esteja pré-aquecida antes de inflamar-se (exemplo: óleo de canola, com ponto de fulgor acima de 93 °C).
- 0. Não irá queimar (exemplo: água).
Amarelo/Reatividade
- 4. Instantâneamente capaz de detonar-se ou explodir em condições normais de temperatura e pressão (exemplo: nitroglicerina);
- 3. Capaz de detonação ou explosão, mas o material requer uma forte fonte de ignição e precisa ser pré-aquecido sob confinamento, reagir com a água ou detonado se sofrer um grande impacto (exemplo: fluorina);
- 2. Reage ao sofrer mudança química violenta sob elevada temperatura e pressão, reação violenta ou formar misturas explosivas com a água (exemplo: fósforo);
- 1. Normalmente estável, mas pode tornar-se instável em temperaturas e pressão elevadas (exemplo: cálcio);
- 0. Normalmente estável, mesmo sobre condições de exposição ao fogo, e não é reativo com a água (exemplo: hélio);
Branco/Riscos específicos
A área branca pode conter diversos símbolos:- '
W' - reage com a água de maneira não usual ou perigosa (exemplo: césio e sódio); - 'OXY' - oxidante (exemplo: perclorato de potássio);
- 'COR' - corrosivo; ácido forte ou base (exemplo: ácido sulfúrico, hidróxido de potássio);
- 'ACID' e 'ALK' se for o caso de ser mais específico.
- 'BIO' - Risco biológico (exemplo: vírus da varíola);
- Quando há o trifólio radioativo () - é porque a substância é radioativa (exemplo: plutônio);
- 'CRYO' - criogênico.
Os números necessários para o preenchimento do Diamante de Hommel encontram-se disponíveis para consulta nos endereços:
http://www.cetesb.sp.gov.br/Emergencia/produtos/produto_consulta_completa.asp , http://www.qca.ibilce.unesp.br/prevencao/classificacaonfpa.pdf
, ou qualquer outro site ou livro que contenha fichas FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico), também chamadas de fichas MSDS (Material Safety Data Sheet).
Fonte:
- PEREIRA, Diego Xavier. O Guia Prático de Química Ilustrado. Lorena:Escola de Engenharia de Lorena - USP. 2006. Pp. 10-11 e 12.
- SASSIOTTO, Maria Lúcia Passarelli. Manejo de Resíduos de Laboratórios Químicos em Universidades - Estudo de Caso do Departamento de Química da UFSCAR. São Carlos:Universidade Federal de São Carlos. 2005.
3 comentários:
Gostei, muito interessante
Gostei, muito bom.
PARABENS PELO TRABALHO. EXCELENTE.
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