20/03/2010

O caso da sacola plástica.

   Hoje em dia já é de conhecimento de todos que Plásticos são maiores poluentes de oceanos, praias e rios. Os artigos feitos de plásticos, desde as terríveis sacolas de compras, até garrafas, canetas, copos, etc., são considerados grandes poluidores e contaminadores da biosfera.
   A reciclagem e a conscientização nunca serão suficientes para deter essa poluição que alcança níveis alarmantes. Só no Brasil por exemplo, são produzidas cercas de 18 bilhões de sacolas plásticas por ano que circulam no País que geram grandes problemas ambientais decorrentes da degradação do plástico, que pode levar até 400 anos.
   Como solução ao uso das sacolas plásticas, alguns apostam na produção de sacolas de plástico “biodegradável”, porém este tipo de plástico, chamado de plástico “ecológico”, além de também ser derivado do petróleo, agride o meio ambiente por ter metais pesados em sua composição.
   O que significa biodegradável? É tudo o que pode ser degradado por micro-organismos (bactérias ou fungos) na água, dióxido de carbono (CO2) e algum material biológico. Por isso, é importante reconhecer que o plástico biodegradável não é produzido por material biológico.
   A BPI – Biodegradable Products Institute – e o US Composting Council (USCC), que dão o selo de “biodegradável” e “compostável” aos materiais nos Estados Unidos, não certificaram os oxi-biodegradáveis. Estas instituições chamam este material de “oxodegradable”, por considerarem que sua degradação ocorre exclusivamente pela oxidação. A BPI e o USCC certificam materiais segundo a ASTM D6400, norma que regula materiais biodegradáveis aceita em todo o mundo.
Uma solução viável e considerada ideal é a sacola retornável, que já está sendo utilizada por cada vez mais consumidores mas e quem decide fazer compras quando já está na rua ou não possui a sacola retornável em mãos?
   Outra solução muito bem sucedida é a sacola de papel, produto 100% orgânico.Muitas pessoas perguntam, o papel é 100% ecologicamente correto? A resposta é sim. Primeiro porque é feito de matéria orgânica e biodegradável logo, degradada por micro-organismos. Para garantir a sustentabilidade as sacolas de papel devem ser feitas de papel reciclado ou certificado.
   Com a certificação atestada em selos , que indica que a matéria-prima provém de áreas manejadas sustentavelmente, o papel branco consegui reduzir o impacto ambiental e a emissão de carbono na sua produção. O que antes era desmatamento predatório agora virou desenvolvimento sustentável.
   O consumo de papel reciclado - que já foi considerado símbolo do "ecologicamente correto"-, está em queda. Aos poucos, seu uso está sendo substituído por papéis com outros selos de sustentabilidade, como o FSC, que atesta que o produto vem de florestas plantadas, e o Carbon Footprint - que informa ao consumidor o total de carbono que o produto emite na atmosfera.
   “O papel branco de origem certificada é equivalente ao papel reciclado, em termos de impacto ambiental, pois ambos têm origem em florestas plantadas”, afirma Elizabeth de Carvalhaes, diretora da Bracelpa, entidade que reúne fabricantes de celulose e papel.
   Costumamos considerar o papel reciclado como a melhor alternativa para diminuir o impacto ambiental, mas com a disseminação do papel proveniente de áreas manejadas sustentavelmente – o famoso selo FSC – o papel branco certificado tem conseguido equiparar o impacto ambiental através do manejamento sustentável da matéria prima e chegamos a um ponto onde está praticamente igual. De acordo com  Elizabeth de Carvalhaes, diretora da Bracelpa, “O papel branco de origem certificada é equivalente ao papel reciclado, em termos de impacto ambiental, pois ambos têm origem em florestas plantadas”.
   Pensando nisso, a empresa Bagnews, lançou no Brasil, uma sacola de papel kraft reutilizável,  reciclável, biodegradável e com espaços para publicidade, que começa a ser distribuída gratuitamente para comerciantes da região de Santo Amaro, zona Sul da capital paulista.
   O objetivo dos sócios é replicar no Brasil a experiência realizada na Espanha, onde o projeto foi lançado há três anos e deve alcançar o número de 100 milhões de sacolas distribuídas .
   O projeto brasileiro ganhou apoio da Prefeitura de São Paulo, que incluiu a iniciativa na campanha "Eu não sou de plástico", que tem o objetivo de reduzir o consumo de embalagens plásticas. Mais informações podem ser encontradas no site da própria empresa no endereço http://www.bagnews.com.br.

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