31/10/2009

AMIANTO OU ASBESTO


O amianto ou asbesto é uma fibra mineral natural sedosa que, por suas propriedades físico-químicas(alta resistência mecânica e às altas temperaturas, incombustibilidade, boa qualidade isolante, durabilidade, flexibilidade, indestrutibilidade, resistente ao ataque de ácidos, álcalis e bactérias, facilidade de ser tecida etc.), abundância na natureza e, principalmente, baixo custo tem sido largamente utilizado na indústria. É extraído fundamentalmente de rochas compostas de silicatos hidratados de magnésio, onde apenas de 5 a 10% se encontram em sua forma fibrosa de interesse comercial.
Os nomes latino e grego, respectivamente, amianto e asbesto, têm relação com suas principais características físico-químicas, incorruptível e incombustível.
Está presente em abundância na natureza sob duas formas: serpentinas (amianto branco) e anfibólios (amiantos marrom, azul e outros), sendo que a primeira - serpentinas- correspondem a mais de 95% de todas as manifestações geológicas no planeta.
Já foi considerado a seda natural ou o mineral mágico, já que vem sendo utilizado desde os primórdios da civilização, inicialmente para reforçar utensílios cerâmicos, conferindo-os propriedades refratárias.

Com o advento da Revolução Industrial no século XIX, o amianto foi a matéria-prima escolhida para isolar termicamente as máquinas e equipamentos e foi largamente empregado, atingindo seu apogeu nos esforços das primeiras e segundas guerras mundiais. Dali para frente, as epidemias de adoecimentos e vítimas levaram o mundo "moderno" ao conhecimento e reconhecimento de um dos males industriais do século XX mais estudados em todo o mundo, passando a ser considerado daí em diante a "poeira assassina".
Os grandes produtores mundiais tentaram por muito tempo atribuir toda a malignidade desta matéria-prima ao tipo dos anfibólios, menos de 5% de todo o amianto minerado no mundo, e salvar este negócio lucrativo, atribuindo à crisotila (amianto branco) propriedades benéficas, tanto do ponto de vista da saúde, como sua necessidade para as populações de baixa renda no uso de coberturas e abastecimento de água potável. Hoje a polêmica do bom e mau amianto já está praticamente superada em todo o mundo, tendo em vista a vasta literatura médica mundial existente e fruto da produção acadêmica de todo um século.
O Brasil está entre os cinco maiores produtores de amianto do mundo e é também um grande consumidor, havendo por isto um grande interesse científico a nível mundial sobre nossa situação, quando praticamente todos os países europeus já proibiram seu uso. A maior mina de amianto em exploração no Brasil situa-se no município de Minaçu, no Estado de Goiás e é atualmente administrada pela empresa brasileira Eternit S/A, mas que até recentemente era explorada por grupo franco-suíço(Brasilit e Eternit) em cujos países de origem o amianto está proibido desde o início da década de 90. 
No Brasil, o amianto tem sido empregado em milhares de produtos, principalmente na indústria da construção civil(telhas, caixas d'água de cimento-amianto etc.) e em outros setores e produtos como guarnições de freio(lonas e pastilhas), juntas, gaxetas, revestimentos de discos de embreagem, tecidos, vestimentas especiais, pisos, tintas etc.
O Canadá, segundo maior produtor mundial de amianto, é o maior exportador desta matéria-prima, mas consome muito pouco em seu território(menos de 3%). Para se ter uma idéia de ordem de grandeza e da gravidade da questão para os países pobres: um(a) cidadão(ã) americano(a) se expõe em média a 100g/ano, um(a) canadense a 500 g/ano e um(a) brasileiro(a), mais ou menos, a 1.200g/ano.
Este quadro inicial nos indica uma diferença na produção e consumo do amianto entre os países do Norte e do Sul, em especial, o Brasil, explicada pelo fato de que o amianto é uma fibra comprovadamente cancerígena e que os cidadãos do Norte já não aceitam mais se expor a este risco conhecido. O amianto é um bom exemplo de como estes países transferem a produção a populações que desconhecem os efeitos nocivos deste produto, enquanto para eles buscam outras alternativas menos perigosas, recorrendo à política do duplo-padrão (double-standard): produção e comercialização de produtos proibidos nos países desenvolvidos e liberados para os países em desenvolvimento.
Entre as doenças relacionadas ao amianto estão a asbestose (doença crônica pulmonar de origem ocupacional), cânceres de pulmão e do trato gastrointestinal e o mesotelioma, tumor maligno raro e de prognóstico sombrio, que pode atingir tanto a pleura como o peritônio, e tem um período de latência em torno de 30 anos.
Destas doenças, poucas foram caracterizadas como ocasionadas pela exposição ao amianto no Brasil. Menos de uma centena de casos estão citados em toda a literatura médica nacional do século XX, sendo este um dos mecanismos que tornam estas patologias invisíveis aos olhos da sociedade, fazendo-a crer que a situação brasileira é diferente da de outros países, levando com isto a um protelamento de decisões políticas, entre as quais o seu banimento ou proibição.
 


30/10/2009

Trabalhadores têm medo de tirar férias


Depois da mala pronta e com a viagem marcada, é preciso uns dez dias para conseguir relaxar de verdade. Uma pesquisa feita com trabalhadores de São Paulo e Porto Alegre chegou a essa média e mostrou que tem muita gente com medo de tirar férias. Isso tem nome: é o que os pesquisadores chamam de fobia de tirar férias.
Parece até brincadeira, mas não é. Dos entrevistados, 38% falaram que as férias são encaradas como um período estressante. As principais razões são: ninguém notar a falta deles durante as férias, receio que possa acontecer mudanças de cargos ou de responsabilidades, cortes de pessoal na empresa e até porque decisões importantes podem ser tomadas sem eles estarem na equipe.

“A pessoa que não consegue relaxar nas férias é aquela que, quando vai à praia, está com o celular e o notebook conectado na internet. Essa pessoa que esta de fato muito estressada, sofrendo com essa epidemia do milênio que é o estresse. A identidade dela esta diretamente atribuída à sua função profissional. Esse é o tipo que sofre mais para parar nas férias”, diz Marta Sconhorst, gestora de pessoas.

Em empresas de pequeno porte, pode-se até planejar as férias alguns meses antes. Em empresas maiores, o ideal é com um ano de antecedência. Porém, de nada vai adiantar se organizar se há o medo de ficar sem fazer nada.
“Essas pessoas precisam, de fato, procurar ajuda, procurar uma atividade que dê prazer, procurar ajuda médica, muitas vezes. Para se livrar dessa tendência que a gente vive hoje de estressar-se”, diz Marta.
Quem tem negócio próprio, não depende de ninguém para planejar as férias, mas, às vezes, esse período de descanso vira uma dor de cabeça. O comerciante Eugênio Martini acha isso. Ele tem uma loja onde vende aparelhos telefônicos, no centro de Vitória. Ele trabalha lá há 18 anos e não se lembra quando foi a última vez que tirou férias.

“Quem me dera, não tiro férias não. Nunca tirei, infelizmente, não tem como. A gente tem um comércio pequeno e a gente fica com a preocupação de dar errado e acabar fechando as portas. Então a gente tem que trabalhar muito, às vezes até no final de semana. A gente se sente cansado, gostaria de tirar férias, porque a família exige isso, mas não tem como. Hoje, o mercado está muito competitivo, muita concorrência e a gente tem outros problemas. Um dia um assalto, um dia um prejuízo e a gente tem que correr atrás”, diz.

Do prazer de tirar férias ao medo de tirá-las, muitos profissionais têm vivido o que os pesquisadores têm chamado de “fobia de tirar férias” (vacation phobia). As férias, tradicionalmente associadas ao relaxamento e ao descanso, têm sido apontadas como um período estressante. 

A pesquisa foi realizada pela International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR), com 678 homens e mulheres profissionais, de 25 a 55 anos, em São Paulo e em Porto Alegre, identificou as principais causas da fobia de tirar férias e a probabilidade dos profissionais manterem os benefícios ganhos durante as férias quando retornam à sua rotina. 
Dados coletados

10 dias para entrar em ritmo de férias
10 dias usufruindo plenamente as férias
10 dias antecipando o retorno às atividades
Por isso, vantagem de tirar férias mais curtas e mais freqüentes.
 
Dos 678 profissionais entrevistados, 38% indicaram medo de tirar férias. Razões:

46% decisões importantes podem ser tomadas na empresa durante suas férias
32% possibilidade de mudanças de cargo ou responsabilidades devido às fusões
e aos enxugamentos
19% enxugamento na empresa
3% ninguém sentir a falta do profissional em férias

Manutenção dos benefícios das férias após retorno à rotina pelos 678 profissionais:

76% perdem os benefícios em uma semana
16% integram os benefícios adquiridos à sua rotina
6% retornam no mesmo nível de stress pré-férias
2% dos profissionais retornam mais estressados

Fonte pesquisa: International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR)

Fonte: Jornal Hoje - Rede Globo

29/10/2009

Os custos do assédio moral


O assédio moral é um problema de saúde pública e seu custo é muito elevado sob o ponto de vista econômico-financeiro, para a sociedade e também possui um custo humano.
O custo do assédio é suportado pelo responsável, pela sociedade e pelas pessoas que dele participam direta (vítima, testemunhas) ou indiretamente (familiares e amigos).

A- Econômico-financeiro
Sob o ponto de vista econômico seu custo é elevado porque ele faz com que trabalhos realizados sejam desperdiçados, a marca de produtos e serviços sejam afetados, a produtividade seja prejudicada, ocorra a degradação do ambiente de trabalho, o nome empresarial seja atingido, ocorra a suspensão do contrato de trabalho, etc.
Não vimos ainda nenhuma estatística no Brasil, mais nos Estados Unidos o custo total para os empregadores por atos praticados no ambiente de trabalho foi estimado em mais de 4 bilhões de dólares e as despesas para o tratamento da depressão chegam a 44 bilhões de dólares segundo o BIT - International Labour Office, ligado a ONU (Bureau international du travail). Na Europa o custo é estimado em 20 bilhões de dólares. Certamente que este custo também é elevado no Brasil.
Sob o ponto de vista financeiro o responsável pelo assédio moral poderá pagar um valor muito elevado a título de indenização pelos prejuízos morais e materiais que o assediado sofrer.
Os valores de indenização tem variado muito, encontramos condenações que vão de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), estes valores são fixados conforme o entendimento de cada juiz, por isso eles são tão variáveis.
O custo econômico-financeiro é muito alto, por isso, parece que nenhum dirigente prudente o queira pagar, para isso, é preciso que o assédio seja prevenido antes de ser tratado.
B- Social

O problema não afeta somente o trabalho, mas a sociedade que acaba contribuindo com os gastos públicos para o tratamento dos problemas de saúde ocasionados pelo assédio, sobretudo com os problemas de depressão.


C- Humano
O assédio também tem seu custo humano, pois o trabalhador começa a perder a confiança em si, na sua competência, na sua qualidade profissional, ele começa a se sentir culpado, perde a estima de si.
Podemos ver na tabela acima, os problemas de saúde causados pelo assédio em entrevista realizada com 870 homens e mulheres vítimas de opressão no ambiente profissional e como cada sexo reage (em %) ao assédio.
Nove alvos sobre dez de assédio apresentam um estado de estresse pós-traumático, revivendo a situação passada, evitando, sofrimento significativo e ativação neurovegetativa(1).
Conforme vemos, o assédio moral traz um custo muito grande, porém, sua dor é invisível.
As pessoas normalmente estão acostumadas somente a avaliar os danos externos, sendo difícil a avaliação do dano interno. Este dano interno é duradouro e difícil de ser curado.
Vemos que existe uma preocupação com a dengue, com a febre amarela, gripe asiática, etc... porém, não estamos vemos atitudes preventivas de nossos dirigentes com relação ao assédio. Quantas pessoas são atingidas por estes males? E pelo assédio: qual o percentual? Não temos um percentual no Brasil, porém, não temos dúvidas que existem muito mais vítimas de assédio do que vítimas de dengue, fabre amarela e gripe asiática.
Pelo gráfico abaixo, vemos o percentual de pessoas que são atingidas da Europa pelo assédio, no Brasil, ainda não temos pesquisa semelhante, porém, vemos que em nenhum país o número de assediados é baixo e com certeza tem mais assédio moral lá do que várias doenças.

Assim, verifica-se que quanto maior o percentual de pessoas assediadas maior será o custo do assédio, logo, o melhor caminho para evitar custos com o assédio moral é trabalhar de forma preventiva.


Nota:
(1) Élisabeth Grebot, Harcèlement au travail, Paris: Éditions d’Organisation Groupe Eyrolles, 2007, p. 130.
Robson Zanetti é advogado em Curitiba. Doctorat Droit Privé Université de Paris 1 Panthéon/Sorbonne. Corso Singolo Università degli Studi di Milano. robsonzanetti@robsonzanetti.com.br

Fonte: Robson Zanetti [27/10/2009]


28/10/2009

DDS 3 - ESTEJA ALERTA AOS RISCOS COM BATERIAS

As baterias comuns de automóveis parecem inofensivas. Isso pode representar o maior perigo, porque muitas pessoas que trabalham com elas ou próxima delas parecem desatentas em relação a seus riscos em potencial.
O resultado é o crescente número de acidentes no trabalho relacionados com o mal uso ou abuso das baterias.
Muitos dos acidentes podem ser evitados se respeitarmos os principais riscos da bateria.

-    O elemento eletrolítico nas células das baterias é o ácido sulfúrico diluído, que pode queimar a pele e os olhos. Mesmo a borra que se forma devido o derrame do ácido é prejudicial a pele e os olhos;

-    Quando uma bateria está carregada, o hidrogênio pode se acumular no espaço vazio próximo da tampa de cada célula e, a meios que o gás possa escapar, uma centelha pode inflamar o gás aprisionado e explodir.
 

O controle desses riscos é bastante simples. Quando você estiver trabalhando próximo a baterias, use as ferramentas metálicas com muito cuidado. Uma centelha provocada pelo aterramento acidental da ferramenta, pode inflamar o hidrogênio da bateria. Por este mesmo motivo nunca fume ou acenda fósforos próximos a baterias. Ao abastecer a bateria com ácido, não encha com excesso ou derrame. Se houver o derrame, limpe-o imediatamente, tomando cuidado para proteger os olhos e a pele. O pó formado pelo acúmulo de massa seca, pode facilmente penetrar nos seus olhos. Portanto proteja-os com óculos de segurança.
O abuso da bateria pode eventualmente causar vazamentos de ácidos e vazamentos de hidrogênio que encurtam sua vida e que podem ser perigosos para qualquer um que esteja trabalhando próximo. O recarregamento da bateria provoca o acúmulo de hidrogênio, que é altamente inflamável. Assim, faça o recarregamento ao ar livre ou num local bem ventilado, com as tampas removidas. Primeiro ligue os conectores tipo jacaré do carregador nos pólos e posteriormente ligue o carregador na tomada de alimentação.
Qualquer fonte de centelhas durante a recarga pode causar uma explosão. Fique atento especialmente em relação ao centelhamento quando se tentar jumpear uma bateria descarregada. Estas pontes (jumpers) podem provocar um arco voltaico e centelhas que podem inflamar o hidrogênio.
Nunca ligue cabos pontes dos terminais positivos aos terminais negativos. Ao fazer isto, os componentes elétricos serão queimados se for feita uma tentativa de dar partida no veículo.
Nunca ligue os terminais da bateria com cabos pontes enquanto o motor estiver funcionando. A colocação dos terminais em curto pode criar centelhas que podem inflamar o hidrogênio criado pelo carregamento.
Finalmente, nunca verifique uma bateria colocando-a em curto com uma chave de fendas ou qualquer metal.

As centelhas podem inflamar o hidrogênio na bateria.

Conhecendo a ISO 14.001

A ISO 14001 é uma norma internacionalmente aceita que define os requisitos para estabelecer e operar um Sistema de Gestão Ambiental. A norma reconhece que organizações podem estar preocupadas tanto com a sua lucratividade quanto com a gestão de impactos ambientais. A ISO 14001 integra estes dois motivos e provê uma metodologia altamente amigável para conseguir um Sistema de Gestão Ambiental efetivo. Na prática, o que a norma oferece é a gestão de uso e disposição de recursos. É reconhecida mundialmente como um meio de controlar custos, reduzir os riscos e melhorar o desempenho. Não é só uma norma “no papel” – ela requer um comprometimento de toda a organização. Se os benefícios ambientais e seus lucros aumentam, as partes interessadas verão os benefícios.

Alguns pontos fundamentais descritos:
  • As auditorias e análises críticas ambientais, por si só, não oferecem evidência suficientes para garantir que a empresa está seguindo as determinações legais e sua própria política.
  • O sistema de gestão ambiental deve interagir com outros sistemas de gestão da empresa.
  • A norma se aplica a qualquer tipo de empresa, independente de suas características, cultura, local, etc.
  • A ISO 14001 tem como foco a proteção ao meio ambiente e a prevenção da poluição equilibrada com as necessidades sócio-econômicas do mundo atual.
  • A norma tem vários princípios do sistema de gestão em comum com os princípios estabelecidos na série de normas ISO 9000.

Escopo
Esta área fala dos objetivos gerais da norma, tais como:
  • Estabelecer a criação, manutenção e melhoria do sistema de gestão ambiental;
  • Verificar se a empresa está em conformidade (de acordo) com sua própria política ambiental e outras determinações legais;
  • Permitir que a empresa demonstre isso para a sociedade;
  • Permitir que a empresa possa solicitar uma certificação/registro do sistema de gestão ambiental, por um organismo certificador (empresa que dá o certificado) externo.


Definições
São especificados as definições para os seguintes termos utilizados na norma. São os seguintes:
  • Melhoria contínua;
  • Ambiente;
  • Aspecto ambiental;
  • Impacto ambiental;
  • Sistema de gestão ambiental;
  • Sistema de auditoria da gestão ambiental;
  • Objetivo ambiental;
  • Desempenho ambiental;
  • Política ambiental;
  • Meta ambiental;
  • Parte interessada;
  • Organização.

Requisitos do sistema de gestão ambiental
Nesta área da norma são expostos todos os requisitos que a empresa deve seguir para implantar e manter o sistema de gestão ambiental. Ela está dividida da seguinte forma:
  • Aspectos gerais;
  • Política ambiental;
  • Planejamento;
  • Implementação e operação;
  • Verificação e ação corretiva;
  • Análise crítica pela direção;
  • Anexos. 
Fonte:  nrcomentada, em 27/10/2009

GAMBIARRA


27/10/2009

Ascarel e o Meio Ambiente


Ascarel é um dos nomes comerciais de um fluído dielétrico organoclorado de grande teor tóxico, usado para a refrigeração de transformadores e capacitores elétricos. As bifenilas policloradas (PCBs) são “distintos compostos químicos, cuja composição difere somente quanto ao número e a posição dos átomos de cloro substituídos na molécula da bifenila” (Moriarty, F. Ecotoxicology, London: Academic Press, 2ª ed., p. 12).
Os PCBs foram proibidos no Brasil pela Portaria Interministerial n° 19, de 29 de janeiro de 1981. Desde a publicação da referida portaria, está proibida a instalação de qualquer equipamento que utilize o Ascarel ou qualquer elemento congênere. Igualmente, foi proibida a fabricação do produto químico em território nacional, assim como o uso e a comercialização de PCBs, em todo estado, puro ou em mistura, em qualquer concentração ou estado físico, conforme prazos estabelecidos na própria norma. Usando uma linguagem tipicamente burocrática, foi proibido “terminantemente” o despejo de PCBs, direta ou indiretamente, nos cursos e coleções de água ou em locais expostos a intempéries.
Os fatos que estão nos noticiários demonstram que se engana quem acredita que a Portaria Interministerial n° 19/81 solucionou o problema dos PCBs. Ao contrário, ela própria foi uma complicadora para toda a questão. Em primeiro lugar, deve ser adiantado que a Portaria n° 19/81 não proibiu a utilização dos PCBs, pois pelo item III da mesma, foi determinado que:
Os equipamentos de sistema elétrico, em operação, que usam bifenil policlorados – PCBs, como fluído dielétrico, poderão continuar com este dielétrico, até que seja necessário o seu esvaziamento, após o que somente poderão ser preenchidos com outro que não contenha PCBs.
Ora, a vida útil dos equipamentos é de cerca de 20 anos ou mais. Assim sendo, somente a partir de 2001 teve início o processo de substituição em massa dos equipamentos em questão.
As concessionárias de energia elétrica merecem uma menção especial, pois tais empresas são grandes utilizadoras de aparelhos refrigerados por óleos em cuja composição os PCBs são muito importantes.

PARA SABER MAIS CLIQUE NA FIGURA ABAIXO PARA BAIXAR O SLIDE SOBRE "GERENCIAMENTO E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DE PCB’s - ASCARÉIS"


Diálogo Diário de Segurança - D D S

O que é?


É um programa destinado a criar, desenvolver e manter atitudes prevencionistas na Empresa, através da conscientização de todos os empregados.



Onde?

Tem como foco principal a realização de conversações de segurança nas áreas operacionais, possibilitando melhor integração e o estabelecimento de um canal de comunicação ágil, transparente e sincero entre Chefias e Subordinados.



Quando?

Diariamente, antes do inicio da jornada de trabalho, com duração  de 05 a 10 minutos, com leitura de temas aqui apresentados ou outros relativos a Segurança e Medicina do Trabalho.



Quem?

A responsabilidade pela execução da DDS é do Líder/Supervisor, registrando diariamente o tema da DDS com as assinaturas da equipe no impresso padrão.



Como?

Em reuniões com o grupo de trabalho, escolhendo um dos temas e fazendo a leitura em alta voz, procurando ser objetivo na explanação, ou conversando sobre outro tema específico.

26/10/2009

CIPA - Acidente por "Brincadeira"



AO SEUS LUGARES SENHORES TÉCNICOS E TECNOLOGOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO DO BRASIL.


NO PROXIMO ANO, COMO SEMPRE, DE QUATRO EM QUATRO ANOS, TEREMOS ELEIÇÕES NO BRASIL.  OS TÉCNICOS E TECNOLOGOS DE SEGURANÇA  DO TRABALHO,  DEVEM  FICAR  EM POSIÇÃO  DE  ALERTA, PARA  AS GRANDES OPORTUNIDADES  QUE SE APRESENTAM  NESTE  MOMENTO.
NOSSAS PROFISSÃO, A MUITO DEIXARAM DE SER UMA EXCLUSIVIDADE INTRA MUROS DAS EMPRESAS, OS RISCOS URBANOS E SEU CONTRLE  DEPENDEM DE PESSOAL ESPECIALIZADO, AS ESCOLAS  JÁ ENTENDERAM  QUE  OS  TÉCNICOS E TECNOLOGOS, PODEM  PARTICIPAR  DIRETAMENTE OU ATENDENDO  A TRANSVERSALIDADE   PREVEISTA  NA  LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO  NACIONAL.
O PRIMEIRO PASSO, DESCOBRIR O CANDIDATO COM MAIOR POSSIBILIDADE DE ENTENDER A CAUSA,  SEGUNDO PASSO,  FAZER  UMA  AVALIAÇÃO  DETALHADA EM SEU MUNICIPIO DE QUESTÕES   NA  ÁREA  DE  MEIO  AMBIENTE, DEFESA CIVIL, LEGISLAÇÃO MUNICIPAL, RISCOS  DE  INCÊNDIO,  TRABALHO  EM  ATIVIDADES  DE  RISCO COMO OBRAS , COLETA DE  LIXO  ETC  E  A   ÁREA  DE  EDUCAÇÃO  E  CAMPANHAS MUNICIPAIS  PARA  A PREVENÇAO DE  ACIDENTES  COMO  POR EXEMPLO O  “TRANSITO”  QUE  HOJE É   MUNICIPALIZADO.
TERCEIRO PASSO, ELABORAÇÃO DE PROPOSTAS, METAS E  CRONOGRAMA  DE AÇÕES  A SEREM DESENVOLVIDAS. NÃO EXISTE POLÍTICO QUEM POSSA  RESISTIR  A  BOAS  IDÉIAS,  QUE  FAZEM  A   DIFERENÇA  NA  POSTURA  EM RELAÇÃO AOS  DEMAIS  CONCORRENTES. 
COM UM POUCO DE SORTE  EM PRIMEIRO DE JANEIRO DE 2011, OS  TÉCNICOS E TECNOLOGOS, ANTES  LIMITADO  AOS   MUROS  DAS  EMPRESAS, PODE  DECOLAR  EM UM NOVO  MISTER,  PRESTANDO  UM SERVIÇO  EM QUE  A SUA QUALIFICAÇÃO E EXPERIENCIAS PODEM  SER APLICADAS  AO  PREVENCIONISMO  URBANO.
A BANDEIRA DA QUALIDADE DE VIDA, SERÁ DESFRALDADA COM MUITA FORÇA NESTA DÉCADA.  LEMBREM-SE DO QUE D.PEDRO I DISSE AO SEU FILHO PEDRO I I QUANDO DE SEU RETORNO PARA PORTUGAL.  FILHO!  . . COLOQUE A COROA  DESTE  REINO  EM SUA  CABEÇA  ANTES  QUE  UM  OPORTUNISTA  O  FAÇA.
EM  ACREDITO  QUE  NOSSA LUTA  TEM ESSE COMPROMISSO  COM O FUTURO,  E  LEMBRO  DA  EXPERIENCIA  DA  FORD  NA  BAHIA,  RECEBEU  OS CURRICULO   E  OBSERVOU  QUE  TODOS  OS PROFISSIONAIS  TINHAM  BOA FORMAÇÃO, PORÉM,  FORAM TREINADOS  PARA  FABRICAS EM EXTINÇÃO  ONDE TUDO ERA MANUAL E NÃO  SE  CONHECIA O MECATRÔNICO.  PROFISSIONAL COM COMPETÊNCIAS ESPECIFICAS E RESPOSTAS PARA  OS NOVOS  DESAFIOS.
OS CURSOS SUPERIORES E AS UNIVERSIDADES  EM SUA  MAIORIA  NÃO  SE PREOCUPAM EM  TER  A MULTIDISCIPLINARIDADE  E  DESTACAR   A PREVENÇÃO  DE ACIDENTES  COMO PRIORIDADE,  O  DENTISTA  TRABALHA  BEM OS DENTES  DO PACIENTE  MAS SOFRE, COM A DOR  NAS COSTAS POR  DESCONHECER  AS  NORMAS DA ERGONOMIA.
OS MUNICIPIOS BRASILEIROS SÃO LABORATÓRIOS VIVOS, ONDE É  NECESSÁRIO  A  PARTICIPAÇÃO  DE  PROFISSIONAIS   HABILITADOS   COMO   OS TÉCNICOS  DE SEGURANÇA DO TRABALHO E OS NOVOS TECNOLOGOS NA  BUSCA DE SOLUÇÕES  E  RESPOSTAS   PARA  A  SOCIEDADE.
INAUGURAMOS UMA NOVA FASE, CHEGA DE DIREÇÃO ÚNICA A EMPRESA!!.. É O MOMENTO DE ABRIR NOVOS MERCADOS PARA NOSSAS PROFISSÕES, NADA DE LAMENTAÇÃO  E DESESPERO, LEMBRE-SE  DO  JAPÃO  A  CRISE FOI O MOMENTO PARA ENCONTRAR  NOVOS  CAMINHOS.
QUARTO  PASSO; LEMBRE-SE  VOCE NÃO ESTÁ  SOZINHO, A FENATEST, REPRESENTANDO OS TÉCNICOS DE SEGURANÇA DO TRABALHO ESTÁ  LUTANDO  PELA  NOSSA  CONFIRMAÇÃO  DO NOSSO CONSELHO FEDERAL. 
OS TECNOLOGOS DEVEM APRENDER COM AS EXPERIENCIAS DOS OUTROS E BUSCAR SUA IDENTIDADE E RECONHECIMENTO PROFISSIONAL, CHEGA  DE EXPERIENCAIS, NÃO HÁ TEMPO, OS TECNOLOGOS NÃO SÃO TECNICOS!!!!, SÃO TECNOLOGOS !!!.. NÃO  TEM O C.B.O.-3516, A  LEI 7410 OU A TABELA DA NR-04, QUE  SÃO FRUTOS  DE  MUITA LUTA  DE UMA  CATEGORIA PARCEIRA.

É MUITO  SIMPLES  “AOS  SEUS   LUGARES  SENHORES  TÉCNICOS ”. 


Autor:
ANTONIO SERGIO ARAS DE ALMEIDA
TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
1º SECRETÁRIO DA  FENATEST

DDS 2 - Alcoolismo é uma Intoxicação


O alcoolismo é uma intoxicação, aguda ou crônica, provocada pelo consumo abusivo de bebidas alcoólicas e constitui um problema médico pois altera e põe em risco a saúde física ou mental do indivíduo. A velocidade de assimilação do álcool e a constância com que é ingerido são as principais causas do alcoolismo, responsável por sérios problemas sociais no mundo inteiro.

A dependência do individuo do álcool é considerada uma doença pela Organização Mundial da Saúde.

O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a conseqüências irreversíveis.

O álcool encontrado nas bebidas é o etanol, uma substância resultante da fermentação de elementos naturais. O álcool da aguardente vem da fermentação da cevada, por exemplo. Quando ingerido, o etanol é digerido no estomago e absorvido no intestino. Pela corrente sangüínea suas moléculas são levadas ao cérebro.

A longo prazo, o álcool prejudica todos os órgãos, em especial o fígado, que é responsável pela destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo durante a digestão. Dessa forma, havendo uma grande dosagem de álcool no sangue, o fígado sofre sobrecarga para metabolizá-lo. O álcool no organismo causa inflamações que podem ser:


- Gastrite, quando ocorre no estômago;
- Hepatite alcoólica, no fígado;
- Pancreatite, no pâncreas;
- Neurite, nos nervos.

Os Perigos do Álcool:
Apesar de ser aceito pela sociedade, o álcool oferece uma série de perigos tanto para quem o consome quanto para as pessoas que estão próximas.
Grande parte dos acidentes de trânsito, arruaças, comportamentos anti-sociais, violência doméstica, ruptura de relacionamentos, problemas no trabalho, como alterações na percepção, reação e reflexos, aumentando a chance de acidentes de trabalho, são provenientes do abuso de álcool.

Sinais do alcoolismo:
- Você já sentiu que deveria diminuir a bebida?
- As pessoas já o irritaram quando criticaram sua bebida?
- Você já se sentiu mal ou culpado a respeito de sua bebida?
- Você já tomou bebida alcoólica pela manhã para “aquecer” os nervos ou para se livrar de uma ressaca?

Apenas um “sim” sugere um possível problema. Em qualquer dos casos, é importante ir ao médico ou outro profissional da área de saúde, imediatamente, para discutir suas respostas. Eles podem ajudar a determinar se você tem ou não um problema com a bebida, e, se você tiver, poderão recomendar a melhor atitude a ser tomada.

25/10/2009

CIPA - O que é?

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

A Comissão Interna de Prevenção de AcidentesCIPA) é, segundo a legislação brasileira, uma comissão constituída por representantes indicados pelo empregador e membros eleitos pelos trabalhadores, de forma paritária, em cada estabelecimento da empresa, que tem a finalidade de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

Características

A CIPA tem suporte legal no artigo 163 da Consolidação das Leis do Trabalho e na Norma Regulamentadora nº 5 (NR 5), aprovada pela Portaria nº 08/99, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. A NR 5 trata do dimensionamento, processo eleitoral, treinamento e atribuições da CIPA.
As empresas devem constituir Comissão Interna de Prevenção de Acidentes nos estabelecimentos que se enquadrem no Quadro I da NR 5, de acordo com a atividade econômica e o número de empregados.
A CIPA deverá ter mandato de um ano, e ser assim constituída: igual número de representantes do empregador (indicados pela empresa) e de representantes dos empregados (eleitos); o presidente da CIPA deve ser escolhido pela empresa, dentre os membros por ela indicados; o vice-presidente da CIPA deve ser eleito dentre os representantes eleitos titulares, em eleição de que participam todos os representantes eleitos, inclusive os suplentes; o secretário da CIPA pode ser escolhido entre os membros da Comissão ou até mesmo ser um funcionário que dela não faça parte, mas seu nome precisa ser necessariamente aprovado por todos os cipeiros, eleitos e indicados. Cabe ao presidente e ao vice-presidente da CIPA mediar conflitos, elaborar o calendário de reuniões ordinárias e constituir Comissão Eleitoral para a regular o processo de eleição da CIPA subsequente. Cabe ao secretário da CIPA elaborar as atas das reuniões ordinárias da Comissão.
Quando o estabelecimento não se enquadra na obrigatoriedade de constituição de CIPA, é exigida a designação de uma pessoa com o treinamento específico, para desempenhar as atribuições da Comissão.

Atuação

O objetivo da CIPA é "observar e relatar as condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar o riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos..." Sua missão é, portanto, a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores.
Seu papel mais importante é o de estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e participativa, entre gerentes e empregados, em relação à forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as condições de trabalho, visando a humanização do trabalho. Não obstante, a CIPA é um órgão supracorporativo e independente, não subordinado a nenhuma área da empresa nem a nenhum funcionário desta.

Garantia de emprego

A constituição federal brasileira garante aos membros titulares da CIPA eleitos (os representantes dos empregados) dois anos de estabilidade no emprego, durante os quais só poderão ser desligados através de demissão por justa causa. O período de estabilidade, na verdade, tem uma duração um pouco maior do que dois anos: vai do momento de registro da candidatura do empregado à CIPA até um ano após o término de seu mandato.
Hoje é reconhecida também a estabilidade do suplente eleito, conseguida através de jurisprudência.

Referências

  1. Portaria nº 08/99 (em português). MTE. Página visitada em 04/05/2008.
  2. http://normasregulamentadoras.wordpress.com/2008/06/06/nr-5/
  3. NR 5 (em português). MTE. Página visitada em 04/05/2008.

                       

24/10/2009

DDS 1 - Uso de cotonete pode perfurar o tímpano

Uso de cotonete pode perfurar o tímpano.
Infecções de ouvido também são causadas pelo mau uso.

 Limpar os ouvidos com cotonete já virou um hábito para grande parte da população brasileira, que vê a atitude como uma parte da higiene geral do corpo. São minutos gastos com o esfrega-esfrega do cotonete, tudo para não deixar nenhum resquício de cera nos canais externos do ouvido. O problema, que muita gente desconhece, é que esse pequeno hábito pode gerar diversos riscos para saúde dos ouvidos, podendo ocasionar lesões sérias, que necessitam de cirurgia para correção.Entre os perigos que envolvem o uso das conhecidas hastes flexíveis estão infecções como otites externas e até mesmo lesões no tímpano. "A cera do ouvido é produzida por diversas glândulas especiais existentes no canal auditivo mais externo. O uso inadequado de cotonetes pode oferecer diversos problemas para saúde. Entre eles infecções, que podem variar, sendo leves ou graves e lesões membrana timpânica, que perfuram os tímpanos e necessitam de cirurgia para correção", explica o otorrinolaringologista Marcelo Alfredo, do Hospital Beneficência Portuguesa.Acreditar que estamos retirando toda a cera dos ouvidos é uma grande ilusão. O otorrino explica que o máximo que conseguimos é empurrar a cera em direção aos tímpanos. "O que sai no cotonete é apenas o que está sendo expelido pelo nosso organismo, já que as orelhas possuem um mecanismo que traz a cera em direção ao orifício auditivo externo, quando ela não possui mais utilidade. O restante é empurrado para os tímpanos. Essa atitude estimula as glândulas ceruminosas que produzem uma maior quantidade de cera. Resumindo, quanto mais limpamos, mais cera nosso organismo produz"Limpando corretamenteNosso organismo é preparado para eliminar a cera em excesso e trabalha também com um processo de autolimpeza. "A cera que permanece no canal externo do ouvido, normalmente seca e vira uma espécie de pó, que é prontamente eliminada pelo organismo", explica o médico.Mas, se você acredita que não consegue esperar esse processo, não precisa entrar em pânico. De acordo com Marcelo Alfredo, existe um modo de eliminar a cera em excesso, sem oferecer mais riscos para saúde. "A melhor maneira de retirar a cera que está sendo expelida pelo organismo, sem prejudicar a saúde dos ouvidos, é utilizar uma toalha e fazer a limpeza logo após o banho. O correto é limpar somente até onde o dedo alcança. Assim, não empurramos a cera em direção aos tímpanos e tiramos todo o excesso"FunçãoMesmo retirando toda a cera dos ouvidos, sem empurrá-la para dentro (função quase impossível de acordo com o especialista), estaríamos colocando a saúde dos ouvidos em risco. "Pode não parecer, mas a cera produzida pelo nosso organismo é responsável por garantir proteção e deixar as infecções bem longe. A remoção da cera deixa o ouvido mais vulnerável às infecções, que podem resultar até mesmo em problemas de audição. Ela também é responsável por proteger a fina pele do canal auditivo, evitando algumas ameaças como: detritos, areia, água e microorganismos. E não deixando que eles cheguem até o tímpano".Cera em excesso em alguns casos a cera é produzida em excesso ou os canais auditivos são estreitos e tortuosos demais. Quando isso acontece o tímpano pode ser "tampado" causando dificuldade na audição. "Nessas situações a cera precisa ser retirada por um especialista. Existem modos de fazer isso, como lavagem ou aspirações, tudo com instrumentos especiais que não agridam os ouvidos. A importância de uma especialista para esses casos está no risco de perfuração do tímpano que pode acarretar em diversos problemas de audição", alerta Marcelo Alfredo.

PIRÂMIDE DE BIRD OU DE ACIDENTES

A cada dia o foco na segurança no trabalho cresce em prioridade nas empresas. Numa sociedade em constante evolução a necessidade de resultados cada vez mais rápidos expõe o trabalhador a novas situações de risco e, sobretudo, altera seu comportamento mental, via aparecimento de tensões e estresse inerentes às atividades que desenvolve. A previsão de acidentes nos modelos clássicos já não é suficiente. Acidentes são precedidos por situações que, se não controladas de forma adequada, preparam o terreno para sua manifestação. São os incidentes (ou “quase acidentes” – ocorrências em que, por algum motivo, não houve perdas materiais ou lesões a pessoas). Com este raciocínio, Frank Bird apresentou um modelo piramidal para representar a evolução dos incidentes para os acidentes com graves danos humanos. Segundo este modelo, incidentes ocorrem num determinado número. Teoricamente, poderia ter havido acidentes em cada um deles. De fato alguns se constituem em acidentes com perdas materiais. Uma quantidade menor gera acidentes com conseqüências humanas leves e um número ainda menor leva a acidentes com danos de maior gravidade em pessoas. Em média, 600 incidentes geram 30 acidentes com perdas materiais e 10 com lesões humanas das quais uma é grave. Esta relação se dá mesmo em empresas com elevada preocupação com a segurança. Estudos mais modernos acrescentam, à base da pirâmide de Bird, um outro nível de ocorrência, anterior e, muitas vezes, causas potenciais dos incidentes. Seriam ações e procedimentos de pessoas, de tal forma relevantes, que poderiam causar incidentes, iniciando o processo de futuros acidentes. Estas ações foram denominadas “comportamentos críticos”.

De fato, pesquisas têm demonstrado que ações tomadas em equipamentos e sistemas reduzem drasticamente o número de acidentes. O índice tende a permanecer num nível relativamente baixo porém inquietante, quando não se atua efetivamente no comportamento dos operadores.
 Nas mais diversas organizações intervenções de prevenção nos componentes ambientais (instalações e equipamentos) têm sido introduzidas, elaborações de rígidos procedimentos de segurança são implementadas, mas o problema com os comportamentos críticos individuais e em grupos permanecem. Palestras motivacionais, apresentadas em eventos específicos (SPATs e afins) têm efeito de pouca duração. Isso porque há comportamentos críticos que permanecem, mesmo após alertas (awareness) e há comportamentos sob comandos inconscientes sobre os quais o alerta só ocorre após sua conseqüência (unawareness). Uma ação gerencial mais efetiva sobre comportamentos se faz necessária.

Ao lado, portanto, das técnicas específicas ao tema, é necessário incorporar aos processos empresariais atividades de relacionamento humano. É um trabalho que exige envolvimento de vários modelos ligados às ciências do comportamento e comunicação, nos campos da antropologia, psicologia e neurofisiologia. A Programação Neurolingüística possui instrumentos bastante efetivos para a redução de comportamentos críticos de risco no trabalho. O projeto de “Aperfeiçoamento Contínuo da Segurança no Trabalho pelos Aspectos Comportamentais” utiliza uma combinação de vários desses instrumentos e resultados significativamente positivos podem ser observados na sua implementação.


Fonte:

22/10/2009

Diamante de Hommel


O diagrama de Hommel, mundialmente conhecido pelo código NFPA 704 — mas também conhecido como diamante do perigo ou diamante de riscoAssociação Nacional para Proteção contra Incêndios (em inglês: National Fire Protection Association), dos Estados Unidos da América. Nela, são utilizados losangos que expressam tipos de risco em graus que variam de 0 a 4, cada qual especificado por uma corriscos específicos, risco à saúde, reatividade e inflamabilidade. —, é uma simbologia empregada pela (branco, azul, amarelo e vermelho), que representam, respectivamente,
Quando utilizada na rotulagem de produtos, ela é de grande utilidade, pois permite num simples relance, que se tenha idéia sobre o risco representado pela substância ali contida.
Diferentemente das placas de identificação, o diamante de HOMMEL não informa qual é a substância química, mas indica todos os riscos envolvendo o produto químico em questão.

Os números necessários para o preenchimento do Diamante de Hommel variam de 1 a 4 conforme os riscos apresentados pela substância química perigosa, podendo também constar no diagrama os riscos específicos dessa substância:


Azul/Risco à Saúde

  • 4.  Exposição muito curta já pode causar a morte ou maior dano residual (exemplo: Cianeto de hidrogênio);
  • 3.  Exposição curta pode causar danos residuais ou temporários (exemplo: gás cloro);
  • 2.  Exposição intensa ou continuada, mas não crônica, pode causar incapacidade temporária ou danos residuais (exemplo: clorofórmio);
  • 1.  Exposição pode causar irritação com apenas danos residuais leves (exemplo: turpetina);
  • 0.  Não apresenta danos à saúde. Não são necessárias precauções (exemplo: lanolina).

Vermelho/Inflamabilidade

  • 4.  A substância será rapidamente ou completamente vaporizada nas condições normais de temperatura e pressão, ou prontamente dispersa pelo ar, queimando-se instantaneamente (exemplo: propano, com ponto de fulgor menor do que 23 °C);
  • 3.  Líquidos e sólidos que podem inflamar-se sobre praticamente todas as condições de temperatura ambiente (exemplo: gasolina, com ponto de fulgor abaixo de 38 °C e acima de 23 °C);
  • 2.  A substância precisa estar moderadamente quente ou exposto a temperatura ambiente relativamente alta para inflamar-se (exemplo: diesel, com ponto de fulgor entre 38 °C e 93 °C);
  • 1.  É necessário que esteja pré-aquecida antes de inflamar-se (exemplo: óleo de canola, com ponto de fulgor acima de 93 °C).
  • 0.  Não irá queimar (exemplo: água).

Amarelo/Reatividade

  • 4.  Instantâneamente capaz de detonar-se ou explodir em condições normais de temperatura e pressão (exemplo: nitroglicerina);
  • 3.  Capaz de detonação ou explosão, mas o material requer uma forte fonte de ignição e precisa ser pré-aquecido sob confinamento, reagir com a água ou detonado se sofrer um grande impacto (exemplo: fluorina);
  • 2.  Reage ao sofrer mudança química violenta sob elevada temperatura e pressão, reação violenta ou formar misturas explosivas com a água (exemplo: fósforo);
  • 1.  Normalmente estável, mas pode tornar-se instável em temperaturas e pressão elevadas (exemplo: cálcio);
  • 0.  Normalmente estável, mesmo sobre condições de exposição ao fogo, e não é reativo com a água (exemplo: hélio);

Branco/Riscos específicos

A área branca pode conter diversos símbolos:
Nota: Somente os símbolos 'W' e 'OXY' são parte oficial do padrão NFPA 704, mas os outros símbolos auto-explicativos são freqüentemente usados de maneira não oficial.
Os números necessários para o preenchimento do Diamante de Hommel encontram-se disponíveis para consulta nos endereços:  
, ou qualquer outro site ou livro que contenha fichas FISPQ (Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico), também chamadas de fichas MSDS (Material Safety Data Sheet). 


Fonte:
  • PEREIRA, Diego Xavier. O Guia Prático de Química Ilustrado. Lorena:Escola de Engenharia de Lorena - USP. 2006. Pp. 10-11 e 12.
  • SASSIOTTO, Maria Lúcia Passarelli. Manejo de Resíduos de Laboratórios Químicos em Universidades - Estudo de Caso do Departamento de Química da UFSCAR. São Carlos:Universidade Federal de São Carlos. 2005.